Esta postagem reúne informações publicadas na reportagem da Agência Fapesp (ALISSON, E. Impactos das mudanças no uso da terra em corpos aquáticos. Agência FAPESP. 25/03/2013. Disponível em: <http://agencia.fapesp.br/17026>.)
No Brasil, algumas das alterações em rios e lagos resultantes da expansão do cultivo da cana-de-açúcar e da soja e da substituição da floresta por áreas de pastagem de gado têm sido estudadas por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com colegas de outras universidades.
Maria Victoria Ramos Ballester, professora do Cena/Usp, disse:
“Temos tentado, cada vez mais, realizar trabalhos interdisciplinares de pesquisa para tentar unir o conhecimento dos sistemas terrestre e aquático dentro de uma abordagem única, sem esquecer a ação do homem, que é extremamente importante nas mudanças de uso da terra”.
“A grande preocupação mundial com a expansão dos cultivos de soja, de cana-de-açúcar e de milho para produzir agroenergia é saber se as áreas de produção de alimentos serão substituídas por áreas para produção de energia, mas pouco se tem olhado para a questão da água. [...] A maior parte das áreas de produção de agroenergia não tem água suficiente para manter as culturas com elevada produtividade e será necessário irrigá-las. Isso representa outro problema sério que irá mudar o ciclo da água.”
No Brasil, algumas das alterações em rios e lagos resultantes da expansão do cultivo da cana-de-açúcar e da soja e da substituição da floresta por áreas de pastagem de gado têm sido estudadas por pesquisadores do Centro de Energia Nuclear na Agricultura (Cena) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com colegas de outras universidades.
Maria Victoria Ramos Ballester, professora do Cena/Usp, disse:
“Temos tentado, cada vez mais, realizar trabalhos interdisciplinares de pesquisa para tentar unir o conhecimento dos sistemas terrestre e aquático dentro de uma abordagem única, sem esquecer a ação do homem, que é extremamente importante nas mudanças de uso da terra”.
“A grande preocupação mundial com a expansão dos cultivos de soja, de cana-de-açúcar e de milho para produzir agroenergia é saber se as áreas de produção de alimentos serão substituídas por áreas para produção de energia, mas pouco se tem olhado para a questão da água. [...] A maior parte das áreas de produção de agroenergia não tem água suficiente para manter as culturas com elevada produtividade e será necessário irrigá-las. Isso representa outro problema sério que irá mudar o ciclo da água.”
De acordo com Maria Victoria Ramos Ballester, os cultivos da
cana-de-açúcar e soja podem causar diversos impactos ambientais. Dentre eles estão:
+ Utilização da vinhaça (subproduto do refino do álcool de
cana) como fertilizante para a cultura. A vinhaça é rica em nitrogênio,
composto químico que, em excesso na água de rios e lagos, pode favorecer o
crescimento de algas.
+ Alto consumo de água: Tanto a cana quanto a soja consomem grande
quantidade de água no seu cultivo e processamento. Para produzir 1 litro de
álcool combustível são necessários 1,4 mil litros da água.
+ Fuligem produzida pela queima da cana-de-açúcar durante a
colheita: contém um tipo de carbono diferente que pode ser assimilado por
organismos presentes em um rio.
+ A soja necessita de 32% mais fósforo do que outras
culturas.
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