Na revista RADIS n. 136 de janeiro/2014 - por sinal um excelente veículo de informação da FIOCRUZ - tem uma chamada para a campanha da OXFAM com o seguinte título que me chamou muito a atenção: "Grilagem e comunidades expulsas". A nota começa assim: "Corporações do setor de alimentos estão financiando, no Brasil, a grilagem de terras, a degradação ambiental e a expulsão de comunidades tradicionais de seus territórios, ao participar da cadeia produtiva do açúcar, comprando o produto de usinas envolvidas em violação de direitos humanos e contaminação ambiental."
Estas e outras informações estão na campanha "Por Trás das Marcas" (Behind the brands) organizado pela Oxfam que também está colhendo assinaturas para exigir um posicionamento da Coca-Cola e Pepsi - que encabeçam a lista - e também Unilever, Nestlé, Kellogg’s e General Mills, entre outras.
Veja o video abaixo ou entre no site http://www.behindthebrands.org/pt-br e clique na empresa para conhecer qual a sua posição no ranking das empresas e sua "pegada".
Mais um trecho interessante da Revista Radis 136 (jan/2014):
"As primeiras informações coletadas trouxeram à tona dois casos: violações dos direitos humanos, poluição e impactos socioambientais causados a comunidades tradicionais, em Barra do Sirinhaém, sul de Pernambuco pela usina Trapiche, fornecedora de açúcar para Coca-Cola e PepsiCo; e plantio de cana-de-açúcar pela usina Bunge, também fornecedora da Coca-Cola, na terra indígena Jatayvary, da etnia Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. De acordo com o levantamento, a Trapiche expulsou 53 famílias de uma comunidade de pescadores que viviam em 17 pequenas ilhas de um estuário marinho, área pertencente à União, usada pela usina para escoar vinhoto, líquido tóxico resultante do beneficiamento da cana. Já a Bunge, que tem unidade produtora de etanol próxima a Ponta Porã (MS), apesar das denúncias, continua a invadir com grandes plantações de cana a Terra Indígena (TI) de Jatayvary, reconhecida pela Funai desde 2004, mas sofrendo entraves no processo de demarcação desde então. A Bunge beneficia cana-de-açúcar de cinco fazendas instaladas dentro da TI."
"As primeiras informações coletadas trouxeram à tona dois casos: violações dos direitos humanos, poluição e impactos socioambientais causados a comunidades tradicionais, em Barra do Sirinhaém, sul de Pernambuco pela usina Trapiche, fornecedora de açúcar para Coca-Cola e PepsiCo; e plantio de cana-de-açúcar pela usina Bunge, também fornecedora da Coca-Cola, na terra indígena Jatayvary, da etnia Guarani Kaiowá, no Mato Grosso do Sul. De acordo com o levantamento, a Trapiche expulsou 53 famílias de uma comunidade de pescadores que viviam em 17 pequenas ilhas de um estuário marinho, área pertencente à União, usada pela usina para escoar vinhoto, líquido tóxico resultante do beneficiamento da cana. Já a Bunge, que tem unidade produtora de etanol próxima a Ponta Porã (MS), apesar das denúncias, continua a invadir com grandes plantações de cana a Terra Indígena (TI) de Jatayvary, reconhecida pela Funai desde 2004, mas sofrendo entraves no processo de demarcação desde então. A Bunge beneficia cana-de-açúcar de cinco fazendas instaladas dentro da TI."
Links:
http://www.oxfam.org/http://www6.ensp.fiocruz.br/radis/
https://portal.fiocruz.br/
http://www.behindthebrands.org/pt-br
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